31 de dez. de 2008

2008


Foi. Adiós!

30 de dez. de 2008

LITERAL

Capa que criei para o Zine Literal, um singelo fanzine de contos no qual participo como ilustrador e diagramador.

24 de dez. de 2008

Cavalos...

Buenas, este é o Cavalos dois. Resolvi iniciar um blog praticamente novo, queria me livrar daqueles textos do Cavalos Não Correm Deitados. Ajudou o fato e de eu ao tentar publicar mais um post no outro e ele não ter aceito, acho que tinha estourado a capacidade. O fato é que então resolvi criar um novo, praticamente sem nada publicado. Deixei aquele como arquivo, os textos, fotos, estão tudo lá. Agora inicio este, com o mesmo título, o mesmo endereço. Praticamente do zero, deixei apenas dois ou três posts do antigo aqui. Não foi uma seleção, foi porque eram os posts mais recentes que eu tinha publicado lá. E não queria que as pessoas chegassem nesse "novo" sem ter nada para ver ou ler. Então era isso, o Cavalos Não Correm Deitados de antes, virou arquivo. Enquanto eu escrever algumas coisinhas, publico aqui. Nessa espécie de Cavalos Não Correm Deitados 2.

22 de dez. de 2008

Zine

Fazia tempo que eu não me envolvia em nada. Quer dizer, em prejetos "literários", mas meu camarada Felipe Correa, do blog Tiro na Têmpora http://tironatempora.blogspot.com/me deu um toque sobre uns caras que desejavam laçar um Zine. Na verdade eles queriam um ilustrador, um cara para diagramar, não para escrever. Buenas, entrei nessa, os caras me convidaram e tenho que diagramar o bicho, tenho que fazer umas ilustrações, coisa que está difícil. Perdi a "mão", o pouco que tinha. Não houve convite para eu publicar algum texto meu, mas pedi para colocar alguns desses continhos meu. Pedi também um milhão de dólares, não me deram, deixaram apenas eu publicar um texto. Tá bom. Fazia muito tempo que ouvia essa de Zine xerocado, poucos sabem, antes dessa história de blog eu lancei vários Zines de xerox. Acho que cheguei a criar uns quatro ou cinco. Criava um, fazia duas ou três edições e então criava outro com título diferente. Então os Zines se foram, ninguém mais fazia, era apenas blogs, e fui para os blogs. Bom, devo ter criado mais de cinco blogs. Alguns eram bons.

Cidade Fantasma | 1

6:30 - Sexta-feira.
Roda-gigante. Depois de rabiscar aquela coisa. Uma roda-gigante, soube que um parque estava na cidade. Da janela do apartarmento eu podia vê-la, estranha, solitária. Parecia que iria engolir a cidade, que tinha vida, que era um monstro de algum seriado japonês. Um monstro de ferro, lata, com pessoas penduradas nela enquanto andava sobre os prédios da cidade destruindo-os como se fossem de isopor.

A Cauda

A primeira coisa que notei foi aquela cauda que saía de baixo da minha cama. Primeiro eu não sabia que era uma cauda, e para falar a verdade ela não saia. Apenas estava lá, parada. Achei estranho. Eu havia chegado da escola há pouco, mamãe preparava alguma coisa na cozinha. Abri a porta do quarto e logo que entrei vi aquilo. Larguei a mochila num canto do quarto e fiquei na dúvida se me aproximava ou não. Senti meu coração bater mais forte que o de costume. Algo parecido com o que eu sentia quando a professora falava meu nome e pedia para eu ir ao quadro resolver alguma operação matemática. Eu levantava da minha cadeira com o coração batendo como um tambor enquanto eu andava entre as classes em direção ao problema, ao quadro. Foi mais ou menos assim que me senti quando vi aquela coisa que eu tinha certeza, não era nada que eu já havia visto ali no meu quarto ou em qualquer outro lugar da casa. Então resolvi me aproximar mais um pouco, e meu coração bateu ainda mais forte. Não arrisquei chegar muito perto, mas ali onde parei pude observar melhor. Era como se uma pessoa tivesse se escondido atrás de uma cortina e sem perceber deixara os pés aparecendo. Não, não. Era como se uma pessoa tivesse se escondido embaixo da cama e tivesse esquecido os pés de fora. Mas certamente não era uma pessoa e com certeza aquilo também não era um pé. Sua cor era verde escuro e tinha umas pequenas coisas sobre ela. Mamãe continuava na cozinha. Cheguei a olhar para a porta na esperança que ela entrasse por ali, coisa que não aconteceu como também por mais que eu torcesse nunca tocava o sinal de fim da aula enquanto eu me dirigia ao quadro na escola. Resolvi que ali onde eu estava era uma distância que me dava alguma segurança. Uma distância que caso fosse necessário eu conseguiria sair correndo porta a fora em direção à minha mãe. Fiquei observando, tentando descobrir afinal de contas o que era aquilo. Depois de algum tempo olhando e imaginando mil coisas, finalmente descobri o que era aquilo. Por mais estranho que pudesse parecer, só podia ser uma cauda. Era uma cauda verde escura e estava no meu quarto, com o resto dela embaixo da minha cama.