8 de mai. de 2009

O velho caminhão

O velho passava sempre nas sextas, vinha com seu caminhão deixando um rastro de poeira amarelada. Eu imaginava um caminhão fantasma ao vê-lo. O motorista era um velho simpático de barba desgrenhada, branca e suja. Vendia verduras naquele caminhão. Eu ficava observando do portão ele se aproximar ao longo da estrada, parecia algo mágico. O sol iluminando tudo, a luz refletindo sobre a lataria, janelas, a poeira dançando como cavalos loucos. Minha mãe gritava pra mim fazer sinal para para-lo e ela poder comprar suas verduras e frutas. Eu o aguardava proximar-se o suficiente para chamá-lo com o coração na mão.
N. S. Rita - RS

2 comentários:

fab disse...

Do caralho.

Emerson Wiskow disse...

Valeu, parceiro.