Postado por Emerson Wiskow às 17:12 3 comentários
Vou-me Embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Postado por Emerson Wiskow às 06:00 2 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 05:36 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 12:20 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 11:43 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 16:14 3 comentários
"El vientre de Silvia aún quemaba, sin saber ella el motivo. Prendía fuego. Sobre las barracas del pueblo el sol ardía sin piedad, con una violencia jamás vista anteriormente. El día continuaba extremamente luminoso, con los rayos del sol reflejándose en todo. Algunos tejados de zinc resplandecían y exhalaban un calor terrible. Silvia sentía como si fuera a morir. No aguantaría la ola de calor, parecía insoportable." (W.)
Postado por Emerson Wiskow às 09:24 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 16:56 2 comentários
Trecho da micro história Daniel na Cova dos Leões
Posche Carrera
(Primeiro dia)
James Dean
A primeira coisa que me chamou a atenção ao entrar no quarto dela foi um pôster gigante de James Dean na parede. Ficava na cabeceira de sua cama como a imagem de um Jesus Cristo. Ele lançava um olhar perdido, descansando um cigarro na ponta da boca, tinha um olhar que eu jamais faria igual, uma beleza que eu não tinha e um Posche Carrera que eu jamais teria. Tentei não me intimidar com a imagem e desviei o olhar para as dezenas de vinis na estante.
Postado por Emerson Wiskow às 16:46 2 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 16:39 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 13:19 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 12:26 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 18:14 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 11:20 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 16:22 4 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 05:46 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 17:30 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 11:46 1 comentários
Alabama, chetchup, chicletes de hortelã. Passavam todas as imagens em minha cabeça. Todas e elas sumiram com a estalido que fez a porta do ônibus quando abriu. Alabama, eu me imaginava lá, tomando sol e vendo garotas sorridentes com bochechas rosadas. Todas correndo como doidas, felizes em irem a lanchonete para devorarem volumosos hot dogs com chetchup. Então entra aquela garota de pernas grossas, linda. A barriga da perna forte como aço, roliça. Entrou e parou na roleta. Fiquei ali olhando, observando suas pernas de seis da manhã, indo para o trabalho. Um trabalho que parecia ser fodido. Umas pernas daquelas, e eu só tinha chicletes de hortelã para oferecer.
Postado por Emerson Wiskow às 17:13 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 16:51 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 09:26 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 17:12 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 17:08 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 14:01 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 13:18 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 11:07 1 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 11:57 2 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 17:14 2 comentários
Cíntia olhou o Rio Guaíba lá embaixo. Água suja. Era assim que ela se sentia. Suja, feia, sem esperanças. Porto Alegre lentamente mergulhava numa noite morna e deserta. O Guaíba continuou dançando e seduzindo-a, como um monstro terrível.
Postado por Emerson Wiskow às 18:05 3 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 10:37 0 comentários
Postado por Emerson Wiskow às 10:11 3 comentários