10 de abr. de 2010

MACACOS VELHOS E GAROTAS PERFUMADAS


 - Porra, garota. Apenas uma cerveja - disse o velho macaco.
- Não. Não saio com escritores, não bebo com escritores, não trepo com escritores. Principalmente com escritores sem talento como você. - respondeu a mocinha.
- Tenho outros talentos... Posso te mostrar - retrucou o velho macaco.
- Você é nojento. Um grosso. - Gosto de homens sensíveis e inteligentes. - disse a mocinha.
- Sou o melhor. - afirmou o velho macaco.
- Há, há, há..., deixe-me ir. - pediu a mocinha.
- Não, Vamos sair de Porto Alegre. Vou te levar comigo. - disse o velho macaco.
- Para onde? Seu nojento...
- Para minha floresta. Lá sou o rei.
- Tenho um homem. - afirmou a mocinha.
- Todas têm.
- Nem todas.
- Sempre há alguém atrás da porta. - disse o macaco.
- Você é um idiota. - disse a mocinha.
- Sou o menos idiota. Por isso vivo isolado.
- No quero você. - afirmou a mocinha.
- Você vai querer, vai chorar por mim, vai implorar por minha presença.
- Deixe-me ir. - retrucou a mocinha.
-  Gosto do teu cheiro. Gosto do teu vestido, das tuas pernas...
- NNNÃÃÃOOOO!!!
- Não posso viver sem você. - disse o velho macaco.
- Você é um fraco.
- Você me torna fraco.
- Não gosto das coisas que você escreve. - disse a mocinha.
- Muita gente não gosta. Venha comigo.
- Não.

3 comentários:

Ju ♥ disse...

uau, q resistência...
eu gosto de escritores.

Emerson Wiskow disse...

Escritores são egocêntricos, e geralmente, são muito menos que pensam ser. Além de serem chatos.

Ju ♥ disse...

continuo gostando deles... rs