20 de nov. de 2009

Matadouro 69 (Parte I)


Tínhamos amigos em comum. Eu não sabia. Fui ao matadouro que ficava há poucas quadras dali. Andira disse que eu podia encontrá-la por lá. Entre bois, tripas, sangue e moscas. Senti aquelas palavras com uma ponta de maldade feminina. Um dardo envenenado lançado ao acaso mas com direção certa, uma lança ardente adornado com um belo laço vermelho. Andira esboçou um leve sorriso. Eram amigas. Deixei de lado e lancei uma última tragada no cigarro antes de dizer-lhe tchau e me dirigir ao matadouro.

2 comentários:

tenório disse...

Ei Emerson,

Estou gostando muito de tudo por aqui. Continuo tirando o atraso, e, numa das coisas que li, vc falava que não consegue escrever romances, apenas polaroides, certo?

Isso que é o mais genial, vai embora nesse formato, é seu.

Outra coisa: deu um medo quando li o que vc escreveu sobre o Daniel Galera. É porque eu gosto do cara (desculpa), mas não gosto muito de mim, risos. Só que olha que doido: vc comentou lá no Garcia dizendo que gostou! Uai, vc gostou do Garcia e não do Galera? Rs. Confesso que fiquei vaidoso.

Por favor, sinta-se à vontade para me dar qualquer dica lá no folhetim, ok?

Já estou gostando desse Matadouro 69. Espero as próximas partes.

Grande abraço!

Tenório

Emerson Wiskow disse...

Tenório, realmente não consigo escrever romances. Apenas esses textos que chamo de polaroides. Também me agrada escrever assim. Estou pensando numa "novela" escrita dessa maneira. Quanto ao Galera, apenas não acho que é tudo isso que falam. Gostei do seu texto, do blog, vou aparecer por lá mais vezes. Parece que nunca gostamos de nós o suficiente, acho que isso é bom. Quanto alguma dica, não estou gabaritado. Apenas tento imaginar coisas e tento escrevê-las quando posso.
Grande abraço