24 de mai. de 2010

Cidade Fantasma

Noite. Verão.

Vermelho. Tinha sempre um sofá vermelho. O sofá vermelho. Seu sofá vermelho. Retorcia-se, alongava-se. Esperava, esticada, encolhida. O sofá fazia-se cama, casa, refúgio, horas. Desgraçado. Pensava. Não há mais horas. Há ele entre as ruas, entre elas, entre as portas de bares que convidam. Mais um pouco. Agonia. Quente entre as pernas, coxas. Tudo arde aqui dentro. O vermelho do sofá, as coisas aqui dentro.

2 comentários:

Ju ♥ disse...

sofá vermelho é convidativo...

Emerson Wiskow disse...

Gracias, amigo!