19 de mar. de 2010

Cidade Fantasma

Caralho. O calor. Passou o dia inteiro assolando a cidade, nos pampas joão de barro quase morre de sede. Abre o bico, cata o ar. Foda. Passei o dia aqui. Zamzei pelo centro, calor infernal. Lembrei do telhado de zinco, aquilo sim matava. Eu morava com Mara numa pequena casa, um casebre, a cozinha e a sala era um trailer. Zinco. No calor assávamos. Mara andava com seu shorts, suava, praquejava. Dizia que deveríamos vender aquilo. Eu fumava meus cigarros e a observava. Quase morto de calor e tédio, então chamava ela para o quarto. Meso com o calor todo. Suando. Ela. Tímida, falava do suor. Tímida nada. Eu gostava. Seu sabor. Lembrei disso tudo. Foda. Este calor. No pampa, o calor miserável queimava o lombo. Atravessei a rua e corri para dentro de um bar, sentei e pedi uma cerveja. daquelas bem geladas.

0 comentários: